Ousando Transformar: Uma Carreira Inspiradora

Download MP3

Barbara Viana:
Olá , eu sou a Babi e esse é o PEPcast, o podcast que transforma sua experiência profissional e te leva ao próximo início. Então, vem dar o "play" na sua carreira com a gente.

Uma empresa com mais de 100 anos, sendo 70 no Brasil, passa por muitas transformações, não só de produtos e tecnologia, mas também em relação a propósito, valores e cultura. Aqui na PepsiCo, mais do que vencer, a gente quer vencer da maneira certa, por meio de impacto positivo, inovação e, claro, trazendo oportunidades significativas para todas as pessoas que querem estar com a gente nessa jornada.

É por isso que "Ouse Transformar" é a nossa nova marca empregadora. Essas duas palavras representam o que a gente é, o que a gente defende e o que a gente pode oferecer pra nossas pessoas, candidatos e candidatos. Então, bora entender como tudo isso acontece na prática. E hoje eu tenho uma convidada aqui muito especial que é uma grande inspiração pra mim, que é a nossa diretora de "Supply Chain", a Van Stangenhaus, e a gente vai conversar com ela sobre como ela ousa transformar a companhia e a si mesma há mais de 16 anos que ela tem aqui com a gente.

Superobrigada por você estar aqui hoje, tô muito animada com o nosso papo, e pra gente já começar aqui descontraindo, se apresenta pra gente e conta qual é o seu produto preferido da PepsiCo. Eu imagino que essa é uma resposta difícil, né? Pra mim sempre, mas, enfim, vamos lá!

Vanessa Stangenhaus:
Primeiro, obrigada, tô muito feliz e muito animada de estar aqui, não só com você, mas com todo mundo que vem acompanhando esses episódios incríveis do PEPcast. Espero que vocês se divirtam comigo e com a Babi hoje. Eu sou fã de QUAKER, Babi, e sabe por quê? Porque eu acredito muito que QUAKER é uma marca que cruza gerações, que cruza as histórias, que cruza tradições, né? Então, você consegue uma criança comendo do lado de um adulto, do lado de uma pessoa mais idosa, né? Então, eu acho que ela tem muito esse significado de família, que, pra mim, é muito importante.

Mas, além disso, eu amo receber... minha casa sempre tá cheia de amigos, de família e aí não tem como não fazer parte da compra do mês, um ovinho, um amendoim japonês e agora, não sei quem já experimentou, mas eu recomendo experimentar, a nova Lays Rústicas, que é maravilhosa.

Barbara Viana:
Meu Deus, é perfeita, inclusive a de sal marinho é a minha preferida!

Vanessa Stangenhaus:
É a minha também...

Barbara Viana:
Van, e já são quase 17 anos de PesiCo, né? Meu Deus, é muito, muito tempo, que demais! E eu sei que você começou aqui como estagiária e hoje já lidera mais de duas mil pessoas como diretora de "Supply". Conta um pouquinho sobre essa jornada de transformação aqui pra gente, um pouquinho dessa sua história, que eu tenho certeza que vai inspirar muita gente.

Vanessa Stangenhaus:
Babi é isso mesmo, quase 17 anos, eu nem acredito quando eu falo. Eu comecei aqui menina, ainda namorando com o meu atual marido, na faculdade, aquela menina cheia de sonhos, enfim, cheia de vontades. E hoje eu olho pra trás, assim, eu vejo que eu realizei muitos deles, assim, numa perspectiva não só pessoal, mas profissional aqui dentro da companhia e tenho certeza que ainda tem muitos pra realizar e eu sinto que aqui continua sendo um lugar pra realizar esses sonhos, né?

E eu brinco muito que eu não mudei de empresa. Tenho amigos meus que falam assim "nossa, Vanessa, você ainda tá na PepsiCo, muda aí, né? Chega!", eu falei "não", eu não mudo de empresa, mas a empresa é tão dinâmica, a PepsiCo é tão viva, ela se reinventa, ela se adapta, ela se inova, ela se transforma, que é como se eu tivesse me transformando junto. É como se eu tivesse mudando de empresa sem precisar mudar de empresa, sabe?

Então, assim, de verdade, assim, nesses 17 anos foram mais de 13 posições, posições com time, sem time, posições com o time no Brasil, com o time na América Latina e na fábrica, no escritório. Então essa constante transformação que a PepsiCo nos proporciona nos permite transformar junto, se reinventar, aprender, ter novas experiências, enfim. Então, de verdade, acho que aqui é um um mar de oportunidades e de experiências que a gente é só se permitir viver, sabe?

Barbara Viana:
Que legal, né, Van? Eu acho que você é uma grande referência pra muitas pessoas, aqui dentro. Afinal, você tá aqui há tanto tempo e, como eu falei, né, começou como estagiária e hoje tá numa posição de liderança. Então isso é muito bacana, é uma história que a gente realmente precisa compartilhar. E como hoje a gente tá falando aqui, sobre "Ouse Transformar", que é a nossa nova marca empregadora, vou voltar um pouquinho aí na sua história também.

Nos bastidores você me contou um pouco, né, da história aí, da sua família, e que eles e elas passaram por muitas transformações. E pra que essas transformações acontecessem, foi preciso muita coragem e muita ousadia! Isso, imagino que esteja hoje aí no seu DNA, sem dúvidas. Topa compartilhar um pouquinho dessa história com quem tá aqui curtindo o PEPcast, Van?

Vanessa Stangenhaus:
Sem dúvida, Babi. Até porque a nossa história é parte da nossa essência, né? E não tem... ao contrário, a gente não pode negar, a gente tem que fazer dela aí nossa força. Enfim, no meu DNA corre muito essa mistura. Enfim, falando da minha família, da minha história, da minha tradição, não tem como não começar falando da minha mãe, e tem que me segurar pra não me emocionar.

Mas a minha mãe é aquela grande inspiração, né? Ela nasceu em Portugal junto com os meus avós. Eles viviam numa cidade pequenininha, quase que uma roça, uma vida supersimples, e juntaram um pouco de dinheiro e vieram tentar uma vida melhor aqui no Brasil. Então, praticamente chegaram aqui com uma mão na frente, outra atrás, depois de 40 dias aí no porão dos navios que faziam essa trajetória aí no passado. Abriram com esse pequeno dinheiro, uma pequena mercearia aqui na grande São Paulo e, depois com muito trabalho, assim, muita dedicação, essa pequena mercearia foi se tornando uma grande padaria. E eu acho que eu aprendi muito, e continuo aprendendo com eles e com essa história, que a gente não tem que ter medo.

A gente tem que ter coragem, a gente tem que arregaçar as mangas e fazer acontecer, né? E minha mãe é esse exemplo de mulher, de que... trabalhadora, de, enfim, fazer 20 milhões de coisas ao mesmo tempo, né, e essa referência da mulher de antigamente que ela trabalhava, que ela cuidava dos filhos, né? A gente, hoje em dia, faz escolhas. Acho que no passado as mulheres não tinham essa possibilidade de fazer escolhas, elas eram realmente supermulheres. E a minha mãe é esse exemplo, de uma pessoa batalhadora, dedicada, que lutou pelos sonhos dela, que buscou a independência dela e é constante inspiração pra mim.

E, do outro lado, a família do meu pai, nós somos judeus, e a família do meu pai nasceu na Alemanha. E aí, durante a Segunda Guerra Mundial, obviamente, o Hitler começou a tirar tudo deles e eles tiveram que vir pro Brasil. Na verdade, acabaram entrando primeiro na Argentina e depois vieram pro Brasil, também com uma mão na frente, outra atrás. No caso deles, eles tinham uma condição de vida na Alemanha muito boa e muito tranquila, mas da noite pro dia eles perderam tudo. E eu tenho muita memória, meu avô já é falecido, mas eu tenho muita memória do meu avô, falando pra gente assim "eles levaram tudo que é comprável, que é material, mas eles não tiraram da gente o mais importante, que é o nosso conhecimento, a nossa sabedoria, os nossos valores". Enfim, as nossas experiências.

E foi com isso que eles chegaram aqui na América Latina pra começar do zero, né? Então a família do meu pai é uma família muito forte, assim, quando a gente fala de conhecimento, de estudos e eu cresci com o meu pai falando pra gente assim "não importa o que vocês façam na vida, mas façam o melhor e da melhor forma pra vocês serem o melhor naquilo que vocês fazem". Enfim, então eu cresci com essa mistura aí. De um lado, uma família super "hands on", super de fazer acontecer, arregaçar as mangas e batalhadora, e, do outro lado, uma família extremamente dedicada, estudiosa e muito sábia. Então, de tudo isso que eu sempre tirei, né? A gente não pode ter medo, a gente tem que ter coragem e, no final do dia, se permite transformar.

Barbara Viana:
Demais. Obrigada por encontrar aqui esse espaço pra você compartilhar essa história tão bonita. Van, e aí, entrando um pouco na sua história profissional, você é engenheira de produção, diretora de "Supply Chain", como eu falei, líder, mãe de duas meninas lindas, e é legal de trazer aqui pro pessoal que duas das suas promoções, elas aconteceram enquanto você tava grávida, né? E depois voltando de licença maternidade, então um baita exemplo aí, é muito legal trazer isso.

E, por uma questão cultural, Van, talvez muitas mulheres hoje pensem que chegar numa posição como a que você chegou hoje, passar por toda essa jornada, pode ser algo assim inalcançável ou muito difícil, não conseguem ter essa perspectiva tão importante e tão empoderada. Como que você construiu esse seu posicionamento e essa sua história pra ousar, transformar e lidar com escolhas e renúncias.

Vanessa Stangenhaus:
Até pegando o que você comentou, né? Das minhas promoções, eu conto pras pessoas e muita gente não acredita. Porque uma eu tava com oito meses de gravidez da Marina e fui promovida, e depois a outra eu tava às vésperas de voltar de licença e também fui promovida, né? E eu queria até compartilhar uma história engraçada que eu lembrei esses dias.

Eu tava grávida da Marina, a gente tava num jantar de família e tinha ali uma tia que nem é tia de sangue, né, tia do primo, que nãnãnã... Superdistante. E aí meu pai, né, superorgulhoso "ah, a Vanessa trabalha na PepsiCo e tal, agora vai sair de licença". Aí essa tia falou assim "humm, é, Vanessa, se prepara. Quando você voltar de licença, é capaz de te mandarem embora". E aí eu, assim... aquele climão, né? Tipo, "obrigada pelo comentário". Eu olhei para a cara do meu pai e ele me olhou assim "ah, deixa, né?" Tipo... E aí passaram dois meses eu fui promovida, e aí eu liguei pro meu pai e falei assim "vamos ligar pra aquela tia e falar que, ao invés de eu ter sido desligada, eu fui promovida?". Ele morreu de rir.

Barbara Viana:
Nossa, maravilhoso!

Vanessa Stangenhaus:
Mas acho que é um pouco disso, né? Infelizmente, é uma pena ouvir isso, né? Porque, com certeza, a história dela, né, e eu conheço os bastidores, é de muitas mulheres que viveram isso, né? E hoje eu tenho não só orgulho, mas honra de ser parte das mulheres que tão quebrando essas histórias e mostrando que a gente pode o famoso ser quem eu quero, aonde eu quero, como eu quero. Então... e aí, Babi, não tem nada, né? Esse meu transformar, durante essa minha trajetória, vou ser sincera, pessoal, não tem nada proposital, não tem nada poético, nada lindo.

Eu sempre tive coisas claras pra mim e fui atrás desses meus propósitos pessoais. Então, e aí algumas coisas um: eu amo trabalhar e eu amo o que eu faço de verdade, né? Não é porque eu tô fazendo um podcast da PepsiCo é que eu tô falando isso é. É realmente uma coisa que me faz feliz, assim. Eu também sempre tive claro que eu queria ter uma família, que eu queria ter filhos, e, pra mim, essas duas coisas nunca foram excludentes. Ao contrário, eu sabia que eu podia ter uma carreira e também ter filhos. E eu acho que isso, na verdade, me dá mais força. E eu penso muito nas minhas filhas e eu quero que elas tenham orgulho de mim.

Então, quando a minha filha fala assim, "mamãe, você vai mesmo trabalhar?", né, agora que a gente voltou pro escritório alguns dias da semana. "Você não quer ficar aqui comigo hoje" e tal? E aí eu olho pra cara dela e falo assim "filha, você gosta de ir pra escola?", "gosto, mamãe, adoro!", "você gosta de ficar com os seus amiguinhos?", "gosto!", falei "então, a mamãe também adora ir pro escritório. A mamãe adora ficar com os amigos dela do trabalho e fazer reunião". E eu falo muito isso, porque eu não quero que minha filha veja o trabalho como "a mamãe tem que ir lá pra ganhar dinheiro e pra pagar o meu brinquedo ou a minha escola ou qualquer coisa do gênero". Eu quero que ela veja que eu faço aquilo, porque realmente faz parte da minha realização pessoal, né?

E aí, de verdade, Babi, não tem, de novo, não tem nada poético ou de supermulher. Como eu consigo levar tudo isso? É, um, deixar a culpa de lado, e, dois, fazer escolhas e ser feliz com essas escolhas. Então eu sei que tem dias que eu acordo e eu preciso estar 100% dedicada pro trabalho, porque eu tenho uma reunião importante, preciso tomar uma decisão relevante pro negócio ou pras pessoas. E eu preciso só garantir que minhas filhas vão estar num lugar que elas são confortáveis, seguras, com alguém que tá dando carinho e acolhendo elas. Eu também sei que tem dias que eu vou estar com as minhas filhas, vou levar na escola, talvez vou chegar ali em cima da hora pra uma reunião, e tá tudo bem, ser feliz com as suas escolhas, que tudo vai muito mais leve e tranquilo.

Barbara Viana:
E eu acho que muita gente tem curiosidade na sua história, de verdade. E falo de dentro da PepsiCo, e exemplo pra quem tá fora também, porque muitas mulheres têm essa dúvida, ou meninas, né, jovens que tão começando a carreira e querem crescer. Então isso que você tá trazendo aqui é muito valioso.

Vanessa Stangenhaus:
E, Babi, até só trazendo mais conteúdo do que você comentou, né? A gente conversou um pouco no nosso bate-papo aí antes, nos bastidores. E eu acho que isso não importa o trabalho que você faz, a posição que você está, enfim, acho que um todo mundo tem a sua importância dentro da organização e todo mundo tem a sua vida no paralelo.

Então, nesses dias eu até comentei com vocês, né. A gente se cruzou, algumas mulheres aí de operações, cada uma com uma atividade de frente dentro da organização, mas a gente viu que a gente tem muito mais coisas semelhantes do que diferentes, e uma delas perguntou pra mim assim "Van, você nunca pensou em desistir?", e eu falei pra ela assim "nunca pensei em desistir". E eu te falo o porquê, e acho que são três coisas, uma, de novo, né? Porque eu amo o que eu faço e um dia minhas filhas vão ficar grandes e eu vão falar pra mim "ah, nem quero mais saber de você, mãe", e aí eu vou fazer o que da vida? Porque eu já não trabalhei, já não fiz mais nada.

Dois: eu quero ser e busco ser uma mulher independente, uma mulher que não dependa de homem, né? A gente, infelizmente vê muito né, no mundo, de mulheres que ainda tão casadas com pessoas que não cuidam delas, que maltratam, ou que não podem fazer coisas que pra elas é importante porque elas dependem financeiramente de alguém.

Então, eu acho que isso é super, pra vitória da mulher, isso é superimportante, né? E, três, o exemplo que eu quero ser pras minhas filhas. Eu quero, de novo, que elas tenham um orgulho aí de quem eu sou. E se elas querem trabalhar ou não querem trabalhar, tá tudo bem, mas que elas tenham todas as diversidades e as possibilidades de oportunidade que o futuro pode dar pra elas.

Barbara Viana:
Na PepsiCo, ousamos transformar para construir um ambiente de aprendizado, onde os objetivos de carreira são considerados e valorizados. Você pode ajudar a construir um mundo onde há mais possibilidades pra mais pessoas, independente da função que você ocupe. Assim, ajudamos a criar mais sorrisos, que é a nossa cultura, a promover um local de trabalho mais inclusivo, mais diverso, e a criar um ambiente mais sustentável e tornar o mundo aí mais positivo. Pra você vir ousar transformar aqui com a gente também, é só entrar no nosso site de carreiras www.pepsicojobs.com.

Como é liderar mais de duas mil pessoas com as mais diversas histórias aí, de vida, de níveis muito diferentes. E aí já vou emendar aqui uma outra pergunta. Quais são os princípios, competências, que você considera aí um superdiferencial, né, talvez, pra liderar uma equipe tão grande, tão diversa? Eu acho que eu não consigo ainda me visualizar, liderando duas mil pessoas, Van, meu Deus!

Vanessa Stangenhaus:
Olha, Babi, eu nem penso na quantidade, tá? Eu penso que são pessoas, que cada uma tem uma história, um valor, uma vida diferente, que cada uma chega pra trabalhar e você não sabe o perrengue que ela passou antes de estar ali pra trabalhar ou que tá passando naquele momento, quando ela tá com o corpo do trabalho e, às vezes, tá com a cabeça em outro lugar, né?

Então, pra mim é muito o "ser empático", é o escutar com o coração, é entender o que cada um precisa, o que cada um quer, e eu, de verdade, assim, eu acredito que o trabalho não é o fim, ele é só um meio, então ele precisa ser leve, ele precisa ser divertido, as pessoas precisam se sentir genuinamente acolhidas, sabe? E aí, pra mim, vem uma palavra muito forte, que é a palavra "justiça". Então, aqui ninguém é mais ou menos do que ninguém. Todo mundo extremamente importante. Com certeza, todo mundo tem muito o que aprender.

Eu, de verdade, eu acho que eu tenho mais que aprender com todo mundo do que ensinar, né? E acho que isso também tá ligado muito com o que eu falei agora há pouco da minha família e do quanto eu acredito que o conhecimento é uma coisa que a gente leva com a gente e ninguém tira da gente. Então é isso, assim, e, de novo, escutar as pessoas e deixar com que o trabalho seja divertido e leve, assim. Cara, a gente passa muitas horas do nosso dia. Se não é aqui, de corpo, é pensando em coisas relacionadas ao trabalho. Então, se não for gostoso, e se a gente não cuidar dessas pessoas como elas gostariam de ser cuidadas, a gente não caminha pra frente.

Barbara Viana:
E, Van, isso que você tá falando é superlegal, sobre essa pluralidade, né? Essa palavrinha que a gente tem ouvido tanto por aí e tem tudo a ver com o episódio, sobre grupos de afinidade, sobre diversidade e cuidar de inclusão, que a gente fala muito isso, né? Sobre ambientes diversos, o quanto a gente consegue aprender aí, com histórias diferentes, né? E uma coisa que eu costumo falar sempre nos meus processos seletivos aí, pra trazer novos e novas estagiárias, "trainees", enfim, é que, se eu tivesse que contratar ou se eu tivesse 10 Babis aqui, ia sair uma única ideia, porque todo mundo ia pensar a mesma coisa, mas eu tenho uma Babi, uma Van, uma Gabi, e aí, nossa, a riqueza de ideias é tão grande, mas tão grande, que, enfim, não tem dimensão. Eu acho que esse é o poder da coisa, né? Então, que legal, que legal te ouvir!

Pra encerrar, eu gostaria muito de saber algumas dicas que você tem aí pra quem tá começando agora, uma carreira hoje, por exemplo. Você tem 17 anos de carreira, Van. E aí, se você pudesse conversar com a Van estagiária, que começou aqui na PepsiCo, como que seria esse bate-papo? Tem algum desafio, algum obstáculo que você acabou transformando aí em uma lição valiosa?

Vanessa Stangenhaus:
Então, Babi, você tava falando e eu tava aqui pensando, né? Eu acho que uma sugestão que eu teria feito pra mim mesmo é começar mais leve, né? Então, lembrando aí, eu fiz um ano de estágio numa outra empresa, depois eu vim pra PepsiCo. Eu era estagiária em "Costumer Service", que é a área que a gente faz atendimento ao cliente, e depois de alguns meses me deram a conta de um dos maiores clientes pra cuidar, ainda como estagiária, e eu era daquelas assim, se a carreta chegava atrasada eu sofria junto com todo mundo, e ficava supermal, e não conseguia dormir. Então eu acho que hoje, olhando pra trás, poderia ter começado um pouco mais leve. Eu sempre fui extremamente exigente comigo mesmo. Queria fazer sempre o mais perfeito, e hoje eu vejo que algumas coisas, sim, valeram a pena. Acho que talvez parte da aceleração que eu tive foi por essa intensa dedicação. Mas eu acho que eu teria sofrido menos, assim, pessoalmente, se eu tivesse começado mais leve.

E aí falando de dicas, Babi, vamos lá pro básico, assim... se conselho fosse bom, a gente cobrava, né? Mas eu acho que algumas coisas, de reflexões que eu acho que foram importantes nesses 17 anos, um: eu sempre tive muito claro onde eu queria chegar, e acho que isso é importante porque nos dá um norte. Se a gente não sabe onde a gente quer chegar, vão passando experiências, oportunidades, projetos e você não sabe se você levanta a mão ou não, ou começa a levantar a mão de uma forma desordenada, então eu acho que é superimportante ter essa clareza. Óbvio que vai mudar no meio do caminho e falo por mim mesma, porque mudou muito nesse percurso, então né, de novo, o se adaptar, o se reinventar, o se permitir transformar é fundamental aí nessa jornada. Mas ter um norte, eu acho que é importante pra você ir fazendo as escolhas corretas, criando os "networks" que você precisa criar e etc.

Acho que uma outra coisa é não ter medo, não ter vergonha. Tive muitos erros, muitos desafios difíceis de todos os tipos, de todas as formas, com projetos, com pessoas, mas acho que não ter medo, não ter vergonha, levantar a mão pra perguntar, pra se oferecer, pra pedir ajuda, enfim, e até o ser vulnerável, né? Eu acho que você se permitir nessa vulnerabilidade e não ter vergonha disso, acho que é fundamental, porque acho que, no final, tá todo mundo querendo se ajudar, querendo aprender junto, querendo crescer junto, né? Então eu acho que essa transparência também é importante porque te fortalece e te cria laços fortes.

Barbara Viana:
Quanta inspiração, Van! Tô sendo até repetitiva e a gente já participou de outras lives de outros encontros juntas e eu não canso de ouvir você falar a sua história, enfim, então obrigada mesmo por compartilhar com a gente.

E aí quero te convidar pro nosso quadro Sabor do Conhecimento. Bora?

Vanessa Stangenhaus:
Bora!

Barbara Viana:
O Sabor do Conhecimento, ele é um espaço que a gente compartilha algum conteúdo, alguma experiência que marcou a gente, vale tudo, tá? Livro, série, podcast, algum hábito que você tem que te muda, te transforma e não precisa se relacionar com o que a gente tava falando, tá? Assim, o que vier mesmo na sua cabeça, realmente pra inspirar... continuar inspirando quem tá aqui curtindo PEPcast.

Vanessa Stangenhaus:
Aqui, abrindo o coração pra todo mundo, tá? Filme e série não é muito comigo. Eu tô na fase que é ligar um filme ou uma série de noite e eu durmo antes de começar. E nunca foi também muito parte aí da minha lista de "hobbies".

É... livros, talvez vocês vão me achar meio chata, porque eu tô numa fase de livros pra crianças, educação, criar, talvez a turma que esteja me ouvindo não vai se identificar muito e eu também nunca fui de ler livros de negócios, eu sempre gostei de ler livros muito voltado com a história da Segunda Guerra Mundial, do Holocausto, coisas ligadas ao judaísmo, coisa ligada de mulheres, aí, enfim reprimidas em cenários sí adversos, enfim... Mas aí eu fiquei pensando, e eu acho que tem uma experiência que eu gostaria de compartilhar, que acho tá muito ligada com "Ouse Transformar".

Eu era supernova, tinha nem dois anos de PepsiCo, eu acho, mais ou menos isso. E eu sempre tive vontade de morar fora, morar fora e sozinha, né? E por que que pra mim isso era não só uma vontade, mas era um desafio quase que pessoal? Eu sempre fui uma pessoa extremamente ligada com a minha família, com a minha mãe, então, pra mim, me imaginar sozinha em algum lugar era extremamente difícil, mas naquele momento eu vi que eu precisava vencer aquela barreira.

Então eu juntei dinheiro, fui morar em Nova York três meses, pedi uma licença não remunerada na PepsiCo, que, graças a Deus, na época eu consegui e eu fui. Vou ser sincera, não foi fácil. Todo mundo assim "nossa que legal, né? Foi morar em Nova York sozinha e tal", foi superdifícil pra mim, né? E aqui, até compartilhando um pouco dessa minha vulnerabilidade aí com todo mundo, foi superdesafiador, né, me ver ali sozinha numa cidade grande. Mas, ao mesmo tempo, como era uma coisa que eu queria muito, eu precisava vencer alguns medos, então foi um processo de autoconhecimento superimportante e significativo pra mim.

Inclusive, voltei de lá e falei assim "agora eu preciso de uma terapia pra aprofundar algumas coisas". Então, eu tô contando essa história, porque é mais um convite pra todo mundo que, nessa trajetória de se transformar, o meu convite é se permitir se transformar.

Barbara Viana:
Ai, que lindo, Van. Acho que vai sair um monte de gente aqui hoje comprando passagem... você deu aquele impulso que que tava faltando. Eu acho que "Ouse Transformar" tem muito a ver com coragem, né? Com ousadia, acho que tem total a ver com isso que você falou, assim. Então, demais. E, inclusive, eu tava precisando ouvir isso hoje, viu?

Vanessa Stangenhaus:
Olha, a Babi vai comprar passagem pessoal!

Barbara Viana:
Não... não tem a ver com intercâmbio, mas tem a ver com coragem.

Vanessa Stangenhaus:
É, é isso aí, é isso aí. A gente não pode ter medo. No final, a gente com certeza vai aprender alguma coisa, sabe, Babi?

Barbara Viana:
Sempre.

Vanessa Stangenhaus:
Então, eu acho que se a gente tá condizente com os nossos valores e com os nossos propósitos, alguma coisa de boa com certeza vai sair.

Barbara Viana:
Com certeza. E aí, eu trouxe duas indicações, assim, na verdade eu trouxe uma, de uma série, que eu acho que, enfim, é um fenômeno, foi um fenômeno que lançou aí recentemente. É, e aí você foi falando, eu lembrei de outra também, que eu curti demais. A que eu trouxe, gente, ó, eu vou, vou falar das minhas séries aqui, mas são séries muito leves, assim, né? Porque, quando eu assisto uma série, é o meu momento, assim, de desopilar mesmo.

Então, a primeira série que eu trouxe aqui foi uma que eu... gente, eu já assisti três vezes, é Wandinha. Só saiu a primeira temporada, né? E aí, eu sei que tem toda uma comédia, tem ali um mistério por trás, mas o porque que eu trouxe, né, essa indicação hoje, e por que que eu assisti três vezes, né? E tô indicando aí pra todo mundo. Porque a Wandinha, ela tem uma personalidade ali que eu achei muito admirável. Ela não se importa com o que as pessoas pensam sobre ela e sobre as atitudes que ela tem, sobre os gostos que ela tem. Então ela é simplesmente ela, ela é autêntica e as pessoas admiram e respeitam ela por isso. Então, ela tem muito essa coragem, essa ousadia de ser quem ela é, e eu acho que, às vezes, quando... até falando por mim, né? Trazendo aqui pro nosso dia a dia, às vezes é muito difícil, às vezes, a gente fazer as coisas ou se posicionar de determinada forma, porque existe muito medo aí de julgamento, de como as pessoas vão nos perceber. Então eu acho que fica aí essa dica e essa lição.

E a outra série é a Rainha Charlotte, que aí conta também a história, né, de como ela chegou a governar, né, ali. E também é uma história de relacionamento também, como ela, o rei Jorge também, como ela chegou ali, né? À nobreza, e todo o desafio que ela enfrentou pra chegar onde ela chegou.

E aí fala muito sobre também empoderamento e tudo mais que eu acho que tem muito a ver, Van, com o que você trouxe aqui, porque você foi falando e eu fui lembrando, né? Então, ela simplesmente foi saltando, assim, até chegar, de fato, nessa nobreza. Muitos desafios, ela foi ali pulando, enfrentando, então acho que traz muita lição pra gente de que, sim, a gente pode chegar lá, basta a gente se jogar, basta a gente realmente acreditar e a gente impulsionar aí a nossa história.

Van, mas foi maravilhoso ter você aqui hoje no PEPcast. Você representa muito bem o nosso "Ouse Transformar", a nossa marca empregadora. Quando a gente pensou nesse episódio, você foi o nome que veio na nossa mente, então, de verdade, muito obrigada.

Eu adorei ouvir novamente toda essa trajetória, e agora compartilhando aqui com mais e mais pessoas, porque realmente vai inspirar e vai agregar muito valor pra quem tá aqui, seja começando a carreira, seja fazendo uma transição de carreira, porque não? Com essas dicas valiosas que você trouxe pra gente! Muito obrigada por você trazer aí tudo que você tem de de bagagem, tudo que você tem é de sentimento também e por tantas risadas, né, que a gente deu aqui também no nosso papo. Então, obrigada, de coração, espero que você tenha curtido também estar aqui hoje com a gente no PEPcast.

Vanessa Stangenhaus:
Adorei, Babi, adorei mesmo, assim, enfim, foi incrível esse bate-papo! Espero que quem nos acompanhou até aqui também tenha, enfim, gostado e se divertido, né? Porque, como eu falei, a vida tem que ser divertida, senão não tá valendo a pena. E acho que, no final do dia, se a gente, né, nós duas aqui, com esse bate-papo, a gente conseguiu ajudar, inspirar, mudar a vida de que seja uma única pessoa, acho que a gente já fez o nosso papel do dia e aí amanhã a gente acorda de novo pra tentar impactar mais alguém positivamente.

Barbara Viana:
Bom, e eu imagino que você já esteja seguindo a PepsiCo nas redes sociais, mas eu vou reforçar aqui novamente. É @PepsiCo no LinkedIn, e lá a gente tem muita coisa legal, muitas informações sobre a PepsiCo, vagas, então segue a gente pra você conseguir acompanhar. E Pepsico Brasil nas outras redes que também têm bastante conteúdo. E pra saber sobre as nossas oportunidades abertas, é só entrar no nosso site de carreiras PepsiCo Jobs. Eu te espero no próximo episódio e na próxima temporada. Um beijo, tchau, tchau.

Criadores e convidados

Ousando Transformar: Uma Carreira Inspiradora
Transmitido por